Fuga de gás no "velho" Pediátrico de Coimbra

Uma fuga de gás nas instalações do antigo Hospital Pediátrico de Coimbra obrigou hoje à intervenção dos bombeiros, cerca das 12:40, disse à Lusa o chefe Laurindo Correia, dos Bombeiros Sapadores da cidade.
Publicado a
Atualizado a

O abastecimento de gás a partir do exterior encontrava-se cortado, mas nas instalações mantinham-se botijas ainda com gás, disse aquele responsável, referindo "haver indícios de as tubagens terem sido forçadas".

Segundo aquele responsável, "há muita tubagem de cobre arrancada, fios e tubagem de gás e, no local havia uma mochila, uma serra de cortar ferro e outras ferramentas".

A fuga -- explicou -- teve origem numa zona ao ar livre, frente às cozinhas, não tendo sido necessária a limitação de um perímetro de segurança.

Fonte da administração do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC), que integra o Pediátrico, disse à agência Lusa que se tratavam de duas botijas de gás pertencentes à empresa adjudicatária da cozinha, que ainda se encontravam no local.

Laurindo Correia alertou, entretanto, para o facto de as instalações do antigo hospital se encontrarem, na altura da fuga de gás, com acesso livre.

"Estava tudo aberto, inclusive as portas (destrancadas), há acesso à maior parte das coisas. Aquilo, no fundo, está quase a saque. É uma situação que tem de ser resolvida", declarou o chefe dos bombeiros que comandou as operações no local.

A administradora do CHC, Rosa Reis Marques, esclareceu tratar-se de uma situação excepcional, mas admitiu a ocorrência de assaltos às instalações, nos últimos tempos.

"As instalações não estavam trancadas hoje porque os nossos engenheiros estavam lá a fazer o transporte de um gerador que estava no exterior", disse a responsável, sublinhando que a fuga de gás ocorreu à hora do almoço.

A administradora do CHC sustentou que "a questão não tem sido as portas abertas mas sim a violação de janelas e vidros partidos" e o furto de fios de cobre da zona exterior.

Os primeiros assaltos ocorreram em Setembro e foram participados à polícia, disse Rosa Reis Marques, acrescentando que no local chegou a estar um segurança.

Rosa Reis Marques considerou que "a única solução (para garantir a preservação das instalações) seria emparedar todo o edifício", o que, tendo em conta a área em causa, seria "algo complexo e caro".

Os serviços do Hospital Pediátrico de Coimbra foram transferidos para novas instalações a 29 de Janeiro e o espaço foi desocupado em finais de Fevereiro.

No "velho" hospital encontram-se apenas dois equipamentos de Raios-X pertencentes à empresa que forneceu o equipamento para as novas instalações, segundo a administradora do CHC.

Rosa Reis Marques disse que se encontra a decorrer o processo de transferência das antigas instalações hospitalares do CHC para a Direcção-Geral do Património.

No combate à fuga de gás hoje registada estiveram especialistas em gás, agentes da PSP e oito bombeiros sapadores, com três viaturas, incluindo uma de combate a matérias perigosas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt